
A equipe da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) conquistou o prêmio de “Melhor Memorial das Vítimas em português” e ficou em 5º lugar dentre as 97 equipes participantes da 20ª edição da competição de julgamento simulado da American University, em Washington. A equipe, formada pela coach Adriana Lacombe e pelos alunos Pedro Henrique Costa e Anna Cecília Moraes, do 5º período da graduação, alcançou o melhor resultado da Escola na história do evento.
“Muitos fatores contribuíram para esse resultado. Ele é consequência de um investimento da Escola nesse tipo de competição, que começou há anos atrás. Mas o resultado é consequência, principalmente, do trabalho, dedicação e esforço de Pedro e Anna Cecília ao longo dos últimos dez meses”, analisa Adriana Lacombe. Além de ganhar o prêmio na categoria “Melhor Memorial em Português - Representantes das Vítimas”, o memorial produzido pela equipe ficou em 6º lugar no ranking geral.
Mais do que trabalho e dedicação, o entrosamento da dupla fez toda a diferença. “Pedro e eu nos completamos. O trabalho em equipe é fundamental. Sem isso, não conseguiríamos ter êxito numa competição como essas. O tempo todo nos ajudamos e isso permitiu que competíssemos e representássemos a FGV DIREITO RIO”, destaca Anna Cecília.
A competição simula um caso hipotético no âmbito da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que, para esta edição, foi divulgado em dezembro de 2014, quando as inscrições foram abertas. “Ao se inscrever, cada equipe recebeu seu papel, ou seja, descobriu se ia representar as vítimas de violações de direitos humanos ou se ia defender o Estado que estava sendo acusado de violar esses direitos”, explica a coach. Os participantes desta edição tiveram, então, até março deste ano para enviarem o memorial. Os 20% mais bem-avaliados na segunda etapa, constituída de duas rodadas orais em Washington, passaram para a semifinal, com mais uma rodada oral. Depois, as duas melhores equipes foram para a rodada final.
Para Adriana, a competição representa uma oportunidade única de aprender sobre o sistema interamericano de direitos humanos, ainda pouco conhecido no Brasil, e de estudar a jurisprudência desta Corte. “É também uma chance de estabelecer contatos com pessoas interessadas na área de direitos humanos, de aprender a falar em público e a lidar com situações inesperadas, uma vez que os juízes fazem perguntas aos oradores durante as rodadas orais”, completa.
Além do enriquecimento na formação profissional, Anna Cecília destaca ainda a importância dessa experiência do ponto de vista cultural. “Participar de Moot Courts é uma experiência maravilhosa não só pelo currículo, mas pela rede de contatos que se cria e pela oportunidade de vivenciar diferentes culturas. Isso é a maior riqueza que se traz de um evento desses, mais importante até que o resultado”, conclui.