Marília Maciel, gestora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da FGV DIREITO RIO, foi indicada para compor o Conselho Consultivo da Alliance for Affordable Internet (A4AI), uma coalizão formada pelo setor privado, setor público e organizações da sociedade civil, para fazer avançar o acesso à Internet fixa e em emparelhos móveis à preços acessíveis em países em desenvolvimento.
O Conselho é constituído por 12 membros votantes, divididos entre: Setor Privado; Setor Público e Academia; Sociedade Civil e Fundações. Suas principais funções são: com base nas Boas Práticas, analisar e determinar as posições políticas centrais da A4AI; orientar a Secretaria e a Direção Executiva, revisando os planos de trabalho, orçamentos, objetivos e resultados anuais; apoiar o crescimento da rede e sua captação de recursos; e aprovar a seleção dos países onde a coalizão concentrará seus esforços.
“A existência dessa aliança é importante para países em desenvolvimento como o Brasil”, opina Marília. "Mais de 45% dos cidadãos brasileiros ainda nãos e encontram conectados. O preço do serviço ainda é alto, apesar de estar sendo reduzido, e a qualidade do serviço está aquém do desejável”. O mandato da coordenadora do CTS no Conselho da A4AI terá início em janeiro de 2015.
O Conselho realiza a supervisão e a orientação estratégica e a tomada de decisões de alto nível, em conjunto com a World Wide Web Foundation, organização que lidera a Secretaria da coalizão.
A Alliance for Affordable Internet (A4AI) é a maior coalizão mundial do setor de tecnologia. Hoje reúne 50 membros e atua em países na África, Ásia e América Latina. Seu objetivo é atingir a meta de acessibilidade global de banda larga definida pela Comissão da ONU de Banda Larga para o Desenvolvimento Digital em 2011: reduzir o custo do acesso à Internet para menos de 5% da renda média mensal, permitindo que bilhões de pessoas se conectem.
Um dos obstáculos principais ao acesso são os altos custos dos serviços de Internet nos países em desenvolvimento. Segundo Marília, “A4AI promove a identificação de boas práticas em termos de regulação e políticas públicas, que possam promover um mercado aberto, competitivo e inovador no setor de banda larga. Para isso, trabalha junto a governos e diversos atores nacionais. A adequação dessas práticas às realidades locais é essencial”.