
A FGV Direito Rio recebeu, no dia 9 de outubro, o diplomata Jean-Baptiste Jeangene Vilmer, representante oficial de pasta "Affaires transversales et sécurité" do Centro de Análise, Previsão e Estratégia do Ministério de Relações Exteriores francês. O convidado internacional participou do evento “Frogs of War: Explaining the new french interventionism”, uma mesa redonda organizada pela Cátedra Jean Monnet da FGV em parceria com o Centro de Justiça e Sociedade (CJUS) da FGV Direito Rio.
Jean-Baptiste Jeangene Vilmer, especialista em questões de segurança internacional, abordou a recente intervenção unilateral francesa na Síria, detalhando a participação do país em operações autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU no passado, bem como as consequências da intervenção na Síria.
A mesa redonda foi presidida pela professora Paula Wojcikiewicz Almeida. Titular da Cátedra Jean Monnet da FGV, ela ressaltou a atualidade das discussões sobre a intervenção francesa na Síria, fato que vem sendo amplamente debatida nos círculos mais relevantes de direito internacional.
”É importante que a comunidade acadêmica brasileira se envolva e possa compartilhar reflexões com diplomatas que atuam na linha de frente de importantes medidas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, como a proposta francesa de ‘responsibility not to veto’", explicou o diplomata.
O evento contou com a presença de alunos da graduação da FGV Direito Rio e de participantes da Cátedra Jean Monnet, além de professores e profissionais da área de segurança. Segundo Paula Almeida, o interesse
“A grande participação de alunos na mesa redonda demonstra um interesse crescente por um direito internacional que não está apenas nos textos, mas que é resultado da prática estatal, que nem sempre se coaduna com as regras previstas nos tratados. No caso da intervenção francesa na Síria, boa parte da discussão acalorada girou em torno da legalidade da intervenção, já que não houve sequer autorização do Conselho de Segurança ou pedido de assistência da Síria, requisitos obrigatórios impostos pela Carta da ONU”, concluiu a professora.